terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Comentário pessoal acerca da Filipa-menina transplantada













Num dos dias chuvosos durante as férias estava eu em casa a ver um programa televisivo "Vida Nova" apresentado por Fátima Lopes que em meu ver é uma das melhores apresentadoras da estação SIC, quando deram a conhecer aos telespectadores o caso da Filipa. A Filipa é uma menina que devido á sua doença Fibrose Quistica foi transplantada aos dois pulmões, pois caso não fossem rapidamente substituídos poderia ter acontecido o pior, uma vez que a dificuldade para respirara já era muita apesar de andar sempre com uma garrafa de oxigénio.
No dia 6 de Abril o dito transplante aconteceu, como devem calcular foi um dia muito importante para a Filipa, mas bastante aflitiva para os pais que durante a entrevista ainda custavam-lhe relembrar aqueles momentos aflitivos, principalmente no dia do transplante quando despediram-se da filha sem saber se a voltavam a ver com vida.
Como terá sido esse dia para a Filipa??

Segunda, 6 de Abril, quase 19h00

"Visto a bata e touca.

Pareço um "nenuco".

Subo para a maca..."

Segunda, 6 de Abril, 19h

"Começam a empurrar a maca.

Eu começo a tomar uns líquidos estranhos.

Acompanha-me a minha família até ao "edifício do coração" onde será feita a operação.

Chego ao bloco.

A minha família despede-se e sorrio...

Anestesia..."

Palavras da Filipa num dos seus últimos momentos antes do transplante.

Durante esta entrevista confesso ter deixado cair umas lagrimazinhas, pois a sua história é tão emocionante e o amor que havia entre ela e os pais e principalmente com o irmão que foi o mais optimista em relação á sua saúde era apaixonante.
Resolvi falar no caso desta menina, uma vez que para além de ser uma lição de vida é surpreendente a forma como lida com toda a situação. Também achei por bem partilhar com quem não viu, penso que merece essa “homenagem”.
Recordo-me que na entrevista a Filipa diz á apresentadora Fátima Lopes que não sabia o que fazer com tanto ar, pois sempre teve falta dela e no dia em que pode se livrar dos tubos e respirar normalmente como "as pessoas normais" não sabia como lidar com a quantidade de ar que tinha nos pulmões. Para mim foi sem sombras de dúvidas um dos momentos de maior reflexão, pois como é possível nós não darmos a mínima importância ao acto de respirar, porque afim ao cabo é algo banal que fazemos instintivamente e não pensamos que há pessoas que não sabem o seu significado é de facto assustador.
Foi uma das minhas maiores lições com essa entrevista…

Caso se interessem mais pelo o caso da Filipa consultem o saite, onde todos os dias vai actualizando com novas experiencias.

http://filipatransplante.blogspot.com




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